A nossa sociedade não propõe nenhum sentido à existência humana? Então pertence a cada um, individualmente, encontrá-lo — a cada um o seu business.
Mas isso é falso.
O sentido não é uma questão pessoal.
Um sentido que valesse só para si mesmo não é sentido.
Eis porque não nos podemos entregar ao non-sense geral. Adaptando-nos a isso preparamos uma nova crise, em relação à qual aquela que lhe precedeu é uma mera brincadeira.
Fala-se muito, nos dias de hoje, da dignidade do ser humano.
Mas a dignidade do homem não nasce, em primeiro lugar, do facto das suas necessidades materiais estarem resolvidas e os seus direitos respeitados, mas sim de que a sua existência tenha um sentido.
É procurando-o que, como reflexo, se consegue prevenir as catástrofes e desolações nas formas da consciência e,
por uma ligação fatal, com a vida mais imediata.
Olivier Rey
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