T.S.Eliot

Excerto do talvez mais belo poema de Eliot, e o seu primeiro poema cristão (1930), notável poeta anglo-católico, em 1949 premiado com o Nobel, aqui a confiar a sua conversão à intercessão da Virgem:

Senhora dos silêncios
Serena e perturbada
Lacerada e ilesa
Rosa da memória
Rosa do esquecimento
Exaurida e fecunda
Preocupada em repouso
A Rosa única
É agora o jardim
Onde todo amor termina
Extinto o tormento
Do amor insaciado
Da aflição maior ainda
Do amor já saciado
Fim da infinita
jornada sem termo
Conclusão de tudo
O que não finda
Discursos sem palavra
E palavra sem discurso
Graças à Mãe
Pelo Jardim
Onde todo amor finda.
(...)

Não permiti que entre calúnias a nós próprios enganemos
Ensinai-nos o desvelo e o menosprezo
Ensinai-nos a estar postos em sossego
Mesmo entre estas rochas,
Nossa paz em Sua vontade
E mesmo entre estas rochas
Mãe, irmã
E espírito do rio, espírito do mar,
Não permiti que separado eu seja
E que meu grito chegue a Ti.

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